A chamada “regra dos 3 tempos”, proposta por @CoachTorralba, é uma ideia muito interessante para melhorar as finalizações no basquetebol, especialmente em situações de 1×1 a curta distância da tabela (cerca de 5 a 6 metros).

Esta regra define que, uma vez superado o defensor direto, o jogador dispõe de apenas três unidades de ação — os chamados “tempos” — para chegar ao cesto e finalizar.

Esses três tempos podem ser organizados de duas formas principais: a primeira consiste em 1 drible seguido de 2 apoios, e a segunda em 2 dribles com apenas 1 apoio final, geralmente numa entrada rápida com passo “roubado” ou “perdido”.

A principal vantagem deste princípio está na velocidade de execução. Reduzindo o número de dribles  e de apoios após vencer o duelo individual, evita-se que os defensores tenham tempo de recuperar ou que a ajuda defensiva chegue a tempo.

 Além disso, essa economia de movimentos contribui para melhorar os espaços de finalização, impedindo que os defensores se posicionem sob o cesto e eliminando o excesso de dribles que frequentemente travam o ritmo ofensivo.

O conceito também tem um valor pedagógico: ao estabelecer este limite de três tempos, o treinador orienta o jogador a ser mais objetivo e a tomar decisões mais rápidas e conscientes. Esse tipo de finalização está intimamente ligado a fundamentos clássicos, como a entrada com perda de passo, uma forma de utilizar os apoios de forma criativa para desestabilizar a defesa, e à leitura do jogo em tempo real, fundamental para definir se a melhor opção é finalizar, dar um passe ou recuar.

Logicamente, para que esse conceito se transforme em comportamento real durante o jogo, é necessário ensiná-lo e treiná-lo de forma intencional. Isso implica incluir limitações e metas claras nas rotinas de finalização e, sobretudo, observar e exigir esse padrão nas ações de 1×1 e nas situações coletivas, onde é comum detectar um uso excessivo de dribles dentro da linha dos 3 pontos ao atacar o cesto.

Por outro lado, é importante destacar que, em certos momentos, pode ser melhor não finalizar e sim sair do garrafão com a posse de bola , mantendo oseu  controlo, caso a leitura da jogada aponte para um risco elevado. A consciência de que a finalização precisa ser veloz, mas não precipitada, é o que torna este conceito tão poderoso. Ele dá ao jogador um enquadramento temporal claro e simples: três tempos para decidir e finalizar com eficácia.